31 de agosto de 2011

Entre maratonas de descanso

IMG_6912Bem descansados saímos de Pai e percorremos 150km de regresso a Chiang Mai, estávamos a acabar uma e a começar outra maratona. Segundo consta por aqui 762 curvas entre a vila e a cidade. Uma estrada com bom piso e “esquinas” que desvendam paisagens deslumbrantes. Parámos para ver um parque de tigres e passar um bocado a admirar os animais, entrando nas jaulas e interagindo o possível. Imponentes, fortes e rápidos mas sem qualquer intuito selvagem. O futuro será o jardim zoológico. IMG_7031Em Chiang Mai passámos umas horas à espera do autocarro que nos levou a Bangkok outra vez. A viagem foi feita de noite e sem sobressaltos. Chegámos a Bangkok ao despertar do dia, esperámos pelo acordar da Khaosan Road para tratar de decidir o que fazer. Após horas, fatos, compras e comidas, decidimos arrancar ainda no próprio dia para Ko Chang, ilha a caminho do Cambodja. Acontece que o IMG_6964visto para estar por aqui apenas dá para 15 dias dos quais só tínhamos mais 4, decidimos portanto não descer ao sul. A maratona de viagem continuava em busca de mais uma maratona de descanso. Depois de comprar os bilhetes e entrar no autocarro, estávamos convencidos de ir até Pattaya, a cidade onde apanharíamos um barco para a ilha. IMG_6957Tudo confirmado pela rapariga da agência de turismo mas ao chegarmos a Pattaya descobrimos que não era aquela cidade que fazia a conexão com a ilha que pretendíamos e teríamos de esperar pela manhã seguinte para prosseguir viagem. Fomos observando a cidade à medida que procurávamos um hostel, foi o descobrir da verdadeira Tailândia do turismo sexual. É um misto de sensações ao perceber a vontade de fugir da Tailândia e a solidão de quem cá vem. Vê-se todo o tipo de casais, não se consegue perceber quem vive, quem passa, o que é o dia-a-dia da cidade para além deste turismo, se é que existe um outro. Encontra-se todo o tipo de acompanhantes para todo o tipo de serviço, ama (o), amante, namorada (o) e até enfermeira (o). Cada macaco no seu galho e cada maluco com a sua pancada. Dormimos em modo maratona e seguimos na manhã seguinte para Trat, aí sim haveria o barco para o paraíso. Arrancámos às 7.30 da manhã e à hora de almoço estávamos finalmente a terminar uma maratona de viagem, para começar outra maratona de descanso.

27 de agosto de 2011

Pai

Obrigado e um grande beijo. Por outro lado, Pai, a vila do Norte da Tailândia dedicada ao modo zen. Assim como no sul do Laos, aqui dormimos num Bungalow junto do rio, temos a nossa chopper e podemos sempre explorar os arredores. A ideia seria ficar uma noite para regressar a Bangkok e rumar a sul. O feeling do lugar foi bom e passámos a 3 noites.

S1160009S1150003

Para que isto fosse possível foi necessário que vários factores se conjugassem. Primeiro, tivémos de chegar a Pai às 22h (noite cerrada), vindos das montanhas na Phanton curvando e contra-curvando, depois de uma viagem de 200km vindos de Chiang Rai. Segundo, chegámos, descobrimos o nosso poiso e fomos jantar, descobrindo uma vila completamente virada para o descanso, relaxe e good vibes. Terceiro, tivemos uma noite animada conhecendo os turistas da vila, os 4 ou 5 lugares onde os mesmos estão “confinados”, sejam residentes ou não, e o bar que dura noite dentro, juntando todos os foliões. Quarto, turista na Tailândia é de oiro, tudo para agradar o turista. Sempre com enorme simpatia, resolveram-nos a alteração do autocarro para Bangkok, o re-aluger da moto e pudemos ficar mais duas noites por Pai.

IMG_6899S1160005

Temos mais umas voltas a dar por aqui, talvez aproveitar uma cascata, umas termas ou simplesmente ver elefantes ou tigres. Ficamos por aqui em meditação até passarmos às ilhas do sul com passagem por Bangkok.

26 de agosto de 2011

NorThai

Aqui andamos a explorar o Norte da Tailândia, as suas gentes e os seus costumes. Subimos até Chiang Mai, capital de província situada num vale entre montanhas de selva. Cidade pequena, entre muralhas, que é ponto de apoio para vários viajantes que por esta zona passam. Em Chiang Mai descansa-se, embarca-se numa aventura de adrenalina e prepara-se  a volta a dar pela região.

S1140006S1140007S1140001Nós optámos por nos refastelar pela cidade, ir “slidar” no meio da selva, a modos que mais uma terapia para as vertigens, e alugar um motão para a viagem que nos esperava, Honda Phanton 200cc., a chopper tailandesa. Passámos dois dias em Chiang Mai e descobrimos uma cidade pacata, com os seus templos e escolas, pessoas relaxadas e com qualidade de vida. Vivem bem e aparentam ser felizes. Ao guiador da nossa moto, arrancámos prontos a galgar quilómetros. Ao fim de 30 minutos e um pouco mais de quilómetros deparámo-nos com um “parque de merendas” onde IMG_6825passava um pequeno rio que nos fez parar e aproveitar para um belo de um banho. Refrescados pelas águas lamacentas de um qualquer rio no norte da Tailândia, fizémo-nos de novo à estrada. Fomo-nos deparando com uma estrada nacional à antiga portuguesa. A escola estava lá, o templo também e não passava de duas fileiras de casas ao longo da estrada, em baixo comércio, no segundo andar habitação. Com mais umas paragens aqui e ali, lá chegámos a Chiang Rai.IMG_6811 Uma pequena cidade onde dormimos após um jantar tradicional, no pátio da bola lá do bairro. Os tailandeses que nos rodeavam ao jantar estavam satisfeitos, conversavam calmamente e aproveitavam a refeição para o convívio e divertimento.

22 de agosto de 2011

Cidade dos cheiros

São muitos, nem sempre bons e estão por todo o lado. Chegámos a Bangkok e os cheiros condizem com uma grande cidade que é também suja e estragada. IMG_6768Chegados mais uma vez às 6 da matina, a uma capital sem nexo nem lei, fizemo-nos à vida. Após umas noites de sono fizemos o que qualquer turista faz por aqui, compras, bares, shows vários e uns quantos templos para ver. Não gostamos da cidade nem do espírito que se sente ao lidar com pessoas já mais habituadas ao turismo e ao negócio. Parece generalizada esta necessidade de consumo que por todo o lado se vê. Foi sem dúvida a cidade onde mais turistas encontrámos e menos viajantes vimos. IMG_6773A cidade é poluída, feia, velha e estragada. Os cheiros estão sempre presentes, quer da comida (e esses ainda são agradáveis) quer da poluição, dos esgotos, das humidades aqui e ali preservadas e de uma vivência decadente que parece ter tomado conta desta cidade. Assim, cansados e desiludidos com este sítio, seguimos hoje para o norte da Tailândia, Chiang Mai será o nosso destino regressando à calma do campo por mais uns dias.

Been there, Don Det

Depois de uns dias pela capital Laociana, dirigímo-nos para Sul, Don Det! Directamente de Vientiane numa das melhores viagens que fizemos até agora, chegámos por volta das 6a.m. a Pakse. Pakse, uma cidade de passagem que para quem vem de uma capital e procura o sossego das pequenas vilas, disso não passa. Na realidade, com o lusco-fusco apenas nos deixámos guiar pelos condutores de Tuk-tuk locais. Seguimos para o centro da cidade, um pequeno almoço passageiro e decidimos ir até uma das 4000 ilhas no final do Mekong laociano. IMG_6515Chegados à borda do Mekong, sentimos o frio da água e mais uma vez seguimos com a corrente. Disseram-nos que do outro lado havia uma ilha, que nessa ilha havia um lugar para ficarmos, paradisíaco e com pessoas acolhedoras e despreocupadas. Era meio–dia e atravessávamos o Mekong, chegando a um dos  bungalows do Mr. Phao. Passámos por lá 3 dias sem noção do tempo, guiando-nos pela chuva, sem contas para nos preocupar e num relax total. IMG_6520A vista do nosso quarto era o que se vê! Campos de arroz verde fluorescente de um lado e duas redes espreguiçadeiras com o Mekong de outro. Alugámos umas bicicletas e corremos a ilha de lés a lés, demorou 3 horas e após isso foi o descanso e a boa-vida. Aguentámos 3 dias nesta boa vida de comida, bebida … e dormida e demos por nós a caminho da Tailândia.

IMG_6667

14 de agosto de 2011

In the midle of the Laos

Vientiane, um nome que pela semelhança a Vietnam e todas as vogais pelo meio se verificou bastante difícil de entrar na cabeça. Sendo a capital do Laos, desenvolvida nas margens do Rio Mekong (à semelhança de Luang Prabang, (na foto) IMG_6166tem cerca de 750mil habitantes, pequena mas movimentada. Encontram-se turistas residentes, turistas de passagem, muito turista e lugar para o turista. Turismo de rico e turismo de pobre. Saindo para o campo, a estranheza aumenta perante a nossa presença mas lá vem sempre alguém que fala inglês, que é capaz de interagir connosco e assim tentar sempre agradar e partilhar, tentando, quase sempre também, fazer o seu pequeno negócio. A cidade vê-se rápido e acaba por ser uma capital de um mundo rural, poucas empresas, indústrias ou investimento, muito turismo e agricultura. Incrível como a parte do turismo sexual é algo facilmente perceptível e ostentado. Deve ser o único “motor económico” com dinâmica por aqui, infelizmente. Aos comandos de uma Kolao, Rio160 aventurámo-nos pelas estradas e estradinhas em torno da cidade. Primeiro dia partimos sem rumo, fazendo quilómetros, virando aqui e ali, ficando perdidos paraIMG_6279 logo nos encontrarmos. Muito fácil quando mesmo nas zonas mais remotas em redor da cidade existe sempre um laociano que fala inglês. Vimos muitas paisagens, arrozais, pequenas aldeias cheias de gente. Gente essa que vive dos campos, do verde e dos seus frutos. Todas estas pequenas aldeias rurais são lugares calmos, onde o tempo tem outro passar, onde tudo se faz quando se faz. Nestas voltas de moto os 5 sentidos apuram-se e oIMG_6335 viajar torna-se diferente. Na realidade, dificilmente se chega ao destino se este existir. Mapas existem, indicações com nomes também, mas dificilmente se chega lá! Pelo menos quando resolvemos ter um destino, verificámos que a a ligação dos laocianos ao mapa é como a dos mongóis ao tempo. Divertimo-nos, sentimos e vivemos a selva, asIMG_6401 montanhas e os caminhos do Laos. Cruzámo-nos com laocianos no seu vai e vem diário pelas mesmas estradas e lamaçais que nós achamos divertidos. Certamente para eles um mal inevitável mas nada prazeroso. Sentimos através do seu olhar um desejo e um congratular, de sermos nós e por estarmos ali. Agora vamos continuar a descer, ao longo do Mekong rumo ao delta. Vamos arriscar uma vez mais um autocarro laociano, reticentes quanto à realidade de um sleeping bus mas esperançosos que com menos paragens que a última viagem.

O povo do Laos

Com um cacho de bananas de um lado e um “fruto-espécie” tipo melão de outro, encontrámo-nos algures entre Luang Prabang e Vientiane, atolados em lama sem solução à vista. Foi uma viagem atribulada pois após resolver esta situação do atolanço (5 horas depois) lá seguimos viagem até ser dia. Infelizmente a gasolina falhou e lá tivemos de parar mais uma vez. Por fim, parámos uma terceira vez, já a 50 km de Vientiane. Desta feita, fomos almoçar, pois eram já meio-dia e tínhamos 8 horas de atraso… tínhamo-nos preparado para apenas 9 horas de viagem.  Passo seguinte foi arranjar uma boleia e, finalmente, chegar ao destino, Vientiane.

Ainda uns dias antes tínhamos chegado a Luang Prabang, a tempo e horas, num Sleeping Bus vindo da China, comprovando mais uma vez que este é o melhor transporte para viajar nestas bandas. Saindo da China cheia de pujança e produtividade e entrando no Laos, país rural e com o seu próprio ritmo, IMG_6118após umas horas a subir e descer montanhas, deparámo-nos com um verde inexplicável, tons e brilhos, misturados com diferentes formas e intensidades formam uma paisagem incrível. Pelo caminho, descobrimos uma montanha composta por pequenas aldeias (muito pequenas) que se formam aqui e ali quando a estrada passa. Cruzámo-nos com muitas pessoas, todas elas economicamente pobres mas com um sorriso na cara e uma felicidade radiante. A estadia em Luang Prabang teve como ponto alto  o encontro com a Renata e a Joana. Amigas de encontros e desencontros da vida, conhecidas por intermédio de outrem e que se IMG_6133encontravam no meio da Ásia, Dar de caras com caras familiares é sempre uma agradável surpresa. Estávamos há uma noite e um dia em Luang Prabang. Depois de uma noitada de pseudo-bowling acordámos a horas de descanso e arrancámos para uma volta de cura. Ao final do dia encontrámo-nos com as manas Borges, acabadas de aterrar vindas do Cambodja. Foi uma estupefacção de longo processamento mas como bom grupo de portugueses, lá fomos para a mesa colocar a conversa em dia e fazer as apresentações necessárias. Passaram-se dois dias em Luang Prabang, IMG_6250cidade fofinha, pessoas fofinhas e assentos de moto pouco fofinhos. Foram momentos bem passados, em muito boa companhia, bons passeios, bons  petiscos, bom cruzamento de tempo e espaço, onde o nosso tempo foi sempre uma hora a mais que o delas. Demos uma pequena volta em redor da cidade, fomos até às cascatas onde pudemos tomar um grande banho e verificámos a condição deste povo. Agricultor na sua maioria e que vive IMG_6260em pequenas aldeias ao longo das estradas ao subir a montanha. Famílias grandes, com muitos jovens e onde a meia idade parece estar pela cidade onde acontecem os negócios. Muito turismo e muito boa preparação para os turistas. Os restaurantes existem para nós, pois já lá vai o país onde todos comiam na rua, rápido, sem pausas nem conversas. É um povo acolhedor, pobre e que tem sempre no turista um ganha-pão. Não aparentam qualquer maldade nas atitudes, são compreensivos e tentam sempre ajudar. Passaremos agora para a capital do Laos, depois dos dias de passeio e da viagem atribulada. Mais aventuras nos esperam certamente.

12 de agosto de 2011

Kunming, Xau xau

Depois da aventura nos comboios, chegámos a uma outra cidade capital da província de Yunnan. A  ideia era tentar dar uma volta até Lijiang e Dali, vilas a norte desta cidade com 11 milhões de pessoas. Seriam necessários pelo menos 3 dias e já assustados com tudo o que é “pequena” cidade chinesa, resolvemos não sair do centro da cidade e por vezes mesmo do Hostel. Foi descanso, boa comida e demos por nós a caminho do Laos.

6 de agosto de 2011

A China e os seus comboios.

Que melhor forma de deixar uma cidade e preparar uma viagem de comboio que durará 36 horas que num “restaurante”. Depois de apanhar as mochilas no hostel, passámos nos vizinhos muçulmanos e atulhámo-nos de comida para essa aventura.  Sim, andar num comboio de longo curso na China é uma verdadeira aventura, louca, desumana e preocupantemente comum. Felizmente arranjámos lugar sentado pois é norma vender lugares em pé, independentemente do espaço que exista no comboio ou do tempo que a viagem demore. Sentámo-nos nos respectivos e imediatamente sentimos o que iria ser esta viagem, muita gente, muito barulho e pouco respeito. Apesar de toda a educação comunitária vivida na China, a formatação das pessoas, a prisão a uma visão em nada aberta e o imenso mar de gente, leva a que as pessoas vivam a sua liberdade até onde termina a dos outros. Muito bonito, quando os outros não nos apertam e tiram o espaço a cada distracção, onde não somos constantemente pressionados para algo ou estamos a lidar com comboios lotados. Em primeiro lugar está a família, nada mais importante para um chinês. Depois os amigos e conhecidos, sendo que para estes o tratamento é já diferente e menos preocupado. Quando se fala de estranhos num comboio, não há regras nem lei. Cada um por si, com a sua liberdade e sem chatear a dos outros (que verdade seja dita, nunca se chateiam ou apontam seja o que for). Perde-se a noção do que é liberdade e falta de educação, o que é correcto ou matreirice e tentativa de aproveitamento. IMG_5986Veem-se pessoas atropelar outras sem um olhar para trás, fuma-se onde é proibido sem que ninguém diga nada, “magoam-se” uns, aos olhos dos outros. Não temos nada a apontar acerca da hospitalidade, carinho e afecto que recebemos deste povo. São hábitos e adaptações que nos custam aceitar, devido também à nossa formatação. Os viajantes de pé acabam por se sentar onde podem espalhados pelo chão do comboio. São constantemente interrompidos do seu pseudo-sono pelos carrinhos de comida e vendedores de tudo o que é chinesice. Em partes do comIMG_5993boio o lixo acumula-se no chão, as pessoas cospem, também, para o chão e, depois, nele se deitam famílias inteiras à procura de um canto para fazer a viagem. Não param de se vender bilhetes independentemente das condições oferecidas ou da lotação do comboio. Posteriormente vendem-se bancos a quem quiser sentar-se aqui e ali, quebra-cabeças para passar o tempo, anéis de humor para constatar os factos, espelhos para os mais vaidosos… tudo é negócio. Um negócio que começa e acaba sem escrúpulos. O único reparo que ouvimos foi o facto de pendurar sacos de plástico com comida nos cabides para casacos (?!?), de resto tudo é permitido, desde que não interfira com a liberdade do próximo.

Estamos agora a caminho de Kunming, num comboio que leva 36 horas a chegar ao nosso destino. Felizmente temos lugares sentados apesar de ser muito difícil dormir com todo este calor, todo este desconforto e todas estas situações que nos rodeiam e incomodam. É difícil entender esta sociedade assim como o é tentar retracta-la por palavras. As mudanças têm sido muitas e cremos que as mentalidades que sempre foram formatadas e ensinadas a pensar, não conseguem agora libertar-se desse modo de ser. Na Rússia as infrastructuras caíram em decadência permanecendo o rigor dos comportamentos, na China as infrastructuras desenvolvem-se mas os comportamentos desadequam-se.

IMG_5964

Á parte deste desconforto, a visão através da janela do comboio é impressionante. Já passámos por vales enormes rodeados por montanhas verdejantes e cultivadas. Rios amarelos que percorrem os vales aparecendo e desaparecendo à medida que passamos mais um túnel. Campos de arroz enormes, campos de cultivo, campos de pessoas a que chamam de cidades. Tudo isto numa longa viagem de 36 horas.

IMG_5970