Vientiane, um nome que pela semelhança a Vietnam e todas as vogais pelo meio se verificou bastante difícil de entrar na cabeça. Sendo a capital do Laos, desenvolvida nas margens do Rio Mekong (à semelhança de Luang Prabang, (na foto) tem cerca de 750mil habitantes, pequena mas movimentada. Encontram-se turistas residentes, turistas de passagem, muito turista e lugar para o turista. Turismo de rico e turismo de pobre. Saindo para o campo, a estranheza aumenta perante a nossa presença mas lá vem sempre alguém que fala inglês, que é capaz de interagir connosco e assim tentar sempre agradar e partilhar, tentando, quase sempre também, fazer o seu pequeno negócio. A cidade vê-se rápido e acaba por ser uma capital de um mundo rural, poucas empresas, indústrias ou investimento, muito turismo e agricultura. Incrível como a parte do turismo sexual é algo facilmente perceptível e ostentado. Deve ser o único “motor económico” com dinâmica por aqui, infelizmente. Aos comandos de uma Kolao, Rio160 aventurámo-nos pelas estradas e estradinhas em torno da cidade. Primeiro dia partimos sem rumo, fazendo quilómetros, virando aqui e ali, ficando perdidos para
logo nos encontrarmos. Muito fácil quando mesmo nas zonas mais remotas em redor da cidade existe sempre um laociano que fala inglês. Vimos muitas paisagens, arrozais, pequenas aldeias cheias de gente. Gente essa que vive dos campos, do verde e dos seus frutos. Todas estas pequenas aldeias rurais são lugares calmos, onde o tempo tem outro passar, onde tudo se faz quando se faz. Nestas voltas de moto os 5 sentidos apuram-se e o
viajar torna-se diferente. Na realidade, dificilmente se chega ao destino se este existir. Mapas existem, indicações com nomes também, mas dificilmente se chega lá! Pelo menos quando resolvemos ter um destino, verificámos que a a ligação dos laocianos ao mapa é como a dos mongóis ao tempo. Divertimo-nos, sentimos e vivemos a selva, as
montanhas e os caminhos do Laos. Cruzámo-nos com laocianos no seu vai e vem diário pelas mesmas estradas e lamaçais que nós achamos divertidos. Certamente para eles um mal inevitável mas nada prazeroso. Sentimos através do seu olhar um desejo e um congratular, de sermos nós e por estarmos ali. Agora vamos continuar a descer, ao longo do Mekong rumo ao delta. Vamos arriscar uma vez mais um autocarro laociano, reticentes quanto à realidade de um sleeping bus mas esperançosos que com menos paragens que a última viagem.
14 de agosto de 2011
In the midle of the Laos
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Decididamente outras cores de paisagem, outras cores humanas! Mas sempre o mesmo interesse e curiosidade (vossos e nossos!!!!!)
ResponderEliminarDesçamos então o Mekong!
Que paisagens maravilhosas! Boa viagem no autocarro, sem muitos sobressaltos. Qual é o próximo destino, na descida do Mekong? Beijos grandes de todos nós.
ResponderEliminarTia Isabel
Ao ver estas imagens de países maravilhosos e em estado quase selvagem apercebemo-nos melhor do que tem sido a destruição de povos e culturas imposta pelo "desenvolvimento". As parabólicas estão por ali, mas a globalização não trouxe outras melhorias para estas populações que continuam a viver de uma agricultura de esforço. Há muito para aprender e descobrimos também o muito que há para fazer.
ResponderEliminarMostrem-nos mais!