1 de agosto de 2011

Near the step. close to civilization

Encontrámos isto escrito nos mijatórios masculinos da casa-de-banho numa estação de serviço algures entre Pequim e Xian. O significado é difícil de entender assim como, por vezes, é difícil entender esta sociedade e os seus costumes. A história e a cultura são substancialmente diferentes da nossa e de tal forma existem valores e ideias que nos são estranhos. Para os chineses a intromissão na vida uns dos outros não existe, se um homem está a maltratar uma mulher ninguém pensa se quer em por termo à situação. O pudor é inexistente estando eles completamente à vontade com a nudez e as necessidades higiénicas de cada um. Talvez este à vontade tão grande tenha dado asas a comportamentos menos próprios e higiénicos, daí o aviso lido nas casas de banho.

Deixámos Pequim ao final da tarde. Grande cidade que deixamos para trás com alguma pena e sem termos conseguido visitar tudo o que pretendíamos. Ainda conseguimos ir ao Temple of Heaven, IMG_5477situado no meio da cidade com 243 hectares e muito espaço verde. Diferentes templos de oração, com uma arquitectura muito interessante e uma beleza incrível. Estivemos instalados nos dormitórios da Universidade de Huibe, através do HC. Conseguimos poupar algum dinheiro e acabámos por conhecer estrangeiros que vivem em Pequim faz já alguns anos. Fomos à enorme Muralha da China. Um lugar onde todos somos pequenos, insignificantes e tudo o que podemos imaginar e sonhar parece a um pequeno passo de distância. Certamente, já vimos obras grandiosas com um nível de exigência física para os seus constructores semelhante, mas aqui tudo foi feito no meio do nada… durante milhares de quilómetros. Fomos a uma zona da Muralha que não se encontrava restaurada e segundo alguns avisos estaria fechada ao público. Subimos floresta acima com a sensação que nunca alcançaríamos a muralha, mas quando lá chegámos a vista, a obra e o sentimento foram brutais! Na última noite em Pequim encontramo-nos, uma vez mais, com o Miguel para uma festa em casa de amigos. Conhecemos brasileiros, dinamarqueses, americanos e uma francesa. Muito paleio e descoberta desta China gigante que ainda teremos o prazer de conhecer um pouco mais.

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Agora, rumamos a sul, ao centro geográfico da China. Vamos num meio de transporte novo para nós, o Sleeping Bus. Foi complicado arranjar bilhetes, descobrir a estação e até ela chegar, mas cá estamos deitados e vamos andando a bom ritmo. Desde que saímos de Pequim, ainda não conseguimos ver terra de ninguém ou terreno desaproveitado. Seja com fábricas, cidades, enormes campos cultivados ou enormes publicidades ao Partido, existe sempre alguma coisa produtiva a ocupar o espaço. Assim se faz uma potência. Próxima etapa, Xian.

3 comentários:

  1. O Sleeping Bus tem camas? Vão deitados? Isso interessa-me!

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  2. Cada vez mais seguidores,cheios de boa inveja,por esta viagem fantástica para onde nos estão a levar.Muralha da China e agora os célebres guerreiros de terracota. Contem-nos tudo! Não esquecendo as fotografias!
    E que tal os petiscos estranhos que andam a comer?
    Beijinhos da mãe Teresa

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  3. boa viagem amigo, joaoe para o joao amigo do joao tambem. Estou cheio de inveja. Abraço . Viegas

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