6 de julho de 2011

Baykal vindo do céu


Segundo dia inteiro de Baykal. Infelizmente as bicicletas foram devolvidas devido à sua inutilidade perante a chuvada que se abateu sobre a ilha de Olkhon. Conseguimos ainda assim um reembolso parcial devido à simpatia dos russos, aqui mais receptivos e habituados ao turismo, apesar do menor número de turistas. Acordámos cedo mas nada conseguimos ou pudemos fazer perante as forças da Natureza! Em que outro lugar poderiamos saborear tão intensamente a Natureza, tirando o facto que não conseguimos usufruir inteiramente deste espaço maravilhoso (nem um pôr ou nascer do sol), que o imponente Lago Baikal. Resolvemos descansar e esperar que o díluvio parasse. Assim não aconteceu e tivemos de nos fazer à vida. E o que isso significa? Tendo em conta as condições, as prespectivas e o que ainda nos falta de viagem, decidimos apanhar ainda hoje o mini-bus de regresso a Irkutsk. Assim, comprámos os bilhetes e fomos ao improvável mas inevitável banho no maior lago do mundo! Foi entrada por saída. Já não chovia mas o sol também não estava presente. Fazia frio mas assim que o primeiro pé entrou na água esse frio sumiu-se como se de vapor de água se tratasse. A água sim estava gelada! Beber água directamente do lago é algo inexplicável, pela sua frescura, "sabor" e vitalidade. Vamos arrancar com um sabor amargo de que poderíamos ter aproveitado um pouco mais o que esta ilha e o seu lago teriam para nos oferecer, pena que o grande Sol não esteve connosco! Enfim, teremos mais oportunidades para contactar com o Baykal e para lá caminhamos. Irkutsk, será o nosso poiso desta noite para amanhã recolhermos os vistos que nos permitirão entrar na Mongólia. Antes de terras Mongóis, vamos passar por Ulan-Ude e aí esperemos que com melhores condições atmosféricas faremos uns dias de "praia" no Baykal.


A viagem de regresso? Hilariante no minímo. Após o caminho normal de solavancos e zigue-zagues, parámos no meio da ilha para recolher mais um passageiro. Mais umas centenas de kilómetros e ao acordar de uma sesta deparámo-nos com a falta de 2 passageiros, ficaram provavelmente no meio de nenhures, Como ainda havia espaço fizemos uma outra paragem, após um desvio a uma vila far east mais que todas as outras, para apnhar um grupo de damas de honor nos seus 50 ou 60 anos. Uma delas já vinha com uns copos a mais e lançou-se numa conversa em russo connosco. Foi sol de pouca dura, quer seja porque não lhe conseguimos dar troco, quer porque as amigas a puseram na ordem. Por fim, já numa estrada alcatroada ( o que não significa que não existam cavalos sem dono a atravessá-la, e perto do destino recolhemos um senhor que se sentou "ao colo" de um João, pois a lotação do mini-bus não é infinita. Andámos uns 200m até que parámos perto da carrinha desse passageiro. Saímos todos, atrelou-se a carrinha do senhor à nossa e, assim, conseguiu-se ajudar o homem a pôr o calhambeque em andamento. Com esta missão concluída conseguimos finalmente prosseguir viagem até ao destino final sem interrupções.

2 comentários:

  1. Belas paisagens, as do lago. Pena que vocês não tenham podido ficar mais tempo ... o local prometia.
    E os encontros sentem-se mais amistosos
    Fico à espero do amanhã
    bjs da madrinha

    ps - não sou seguidora porque não estou para me inscrever em mais um site ... talvez lá para meio da viagem!!

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  2. muito bem meu grande irmao, penso que nao a palavras que consigam descrever o sentimento de todos esses sitios e experiencias!! natureza, cultura, saber, novos caminhos!!!! amo-te
    o mundo é nosso por muito que nos tente mostrar o contrario!!!!
    beijo muito muito grande
    mana nor

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