Ou-la-la… the family!

São estes os melhores momentos de uma viagem. São reencontros entre viajantes já conhecidos, são as pontes já estabelecidas a serem atravessadas uma vez mais. Ainda antes de sair de Siem Reap, já tínhamos contactado os dois amigos shaolin que fizemos ao cruzar a fronteira para o Laos, vindos da China. Contactámo-los pois disseram-nos que estariam pelo Cambodja por estes dias e, não é que por sorte nossa, estavam a tomar conta de um espaço em Ko Rong!? Vai daí, sem saber nada acerca da dita ilha sem ser o seu tamanho e localização (ilha na baía de Sihanoukville) no mapa, arrancámos para reencontrar o Jakob e o Jesse. Depois de 2 horas e meia em mar aberto, chegámos a uma pequena vila “capital” da ilha. Apenas caminhos de areia ligando as diferentes cabanas de pescadores e famílias, animais por todo o lado e 3 resorts ecológicos espalhados ao longo da praia de areia branca. Uma ilha, diga-se, do tamanho de Hong Kong e posse durante 90 anos de uma empresa de telecomunicações.

Fomos ficando, encontramos o alemão e o francês e juntámo-nos a eles para a abertura do Ou-la-la Coffee Shop. Crepes, frutas e muésli; cerveja, long drinks e música. Divide-se o dia em dois e é fazer as contas. Com mais uns livros pelo meio e uns belos mergulhos na praia de água cristalina, de noite com companhia do plâncton piezo-luminescente. Entre dias de sol esplêndido e chuva tenebrosa, os dias foram passando. Fomos cruzando os nossos dias com os vai (às 11h) e vem (às 16h) do barco para a mainland, as pessoas que lá vinham e os que a nós se juntaram. Inicialmente, um casal de franceses que partiu para outras paragens, um grupo de amigos que foi ficando e por fim uma alemã, Rike, e uma australiana, Tanya, que juntamente com os outros dois e mais nós dois, formámos a família Ou-la-la.

Fez-se mergulho aquático, o espaço foi crescendo e chamando pessoal, corações partiram-se e vidas mudaram. A Tanya juntou-se a eles na aventura de manter o Ou-la-la em funcionamento e evolução, os outros seguiram os seus rumos, mas ficamos todos ligados uns aos outros pelos dias passados na ilha.